sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

O Destino da moeda - Parte 1


Pessoas que não sabem tomar decisões sozinhas usam diversos artifícios para isso, eu sou uma delas.
A um mês atrás minha vida mudou por completo, eu era um simples rapaz de idade jovem, nascido em Rondônia e morava no interior sozinho, com minhas contas, trabalhos e estudos.
Não gosto de sair para festas e não sou de ter muitos amigos, só tive uma namorada e foi na época de colegial, não durou uma semana.
As vezes fico lembrando dela, a única mulher na minha vida, que me trocou pelo único amigo que tive na vida.
Estou desempregado e passo mais tempo na rua do que em casa, distribuindo currículos, procurando emprego, sem saber o que fazer.
Cheguei a ficar uma semana inteira comendo só sopa por não ter dinheiro para comida.
Não reclamo de não ter uma vida boa, mas não vejo a hora de melhorar.
Arranjei um emprego em uma lanchonete, nossa que lindo futuro o meu será.
O emprego não era do pior, mas o tédio dessa vida rotineira me mata aos poucos.
Todos os dias a loira que trabalha no banco em frente a lanchonete vinha comprar um copo de café sem açúcar e pães de queijo.
Estava ficando apaixonado por ela, e nem sabia ao menos seu nome, e como consegui-lo, dias que ela sorria pra mim, dias que ela nem olhava pra minha cara, também ninguém merece ter que encarar uma mesma cara e fazer os mesmos pedidos todos os dias.
Foi quando eu a peguei, dourada e diferente de qualquer outra que eu havia visto ou tocado, não sabia de que pais ela veio, mas a peguei pra mim e era ela quem ia me ajudar a tomar decisões.
Uma moeda com um desenho de um homem careca e no outro lado um palácio bonito e cheio de colunas, assim como muitas pessoas fazem, eu jogava ela para o auto e cara ou coroa ia me ajudar a decidir.
Era de manhã a loja ainda estava abrindo e de longe eu vi a loira chegando.

- cara eu falo com ela.
- coroa não.

Joguei a moeda pro alto que girou de uma forma mágica, fechei os olhos antes de ver o que tinha caído, ao ouvir a porta da lanchonete abrir, olhei rapidamente para a moeda que havia dado cara, meu susto foi grande e acabei deixando a cair, que rolou até o pé da loira que abaixou para pega-la, ao entregar para mim, deu um lindo sorriso e disse.

- Bonita moeda
- Obrigado, minha moeda da sorte
- Que legal, todo mundo tem um amuleto, funciona?
- Até agora nunca falhou, prazer Victor
- Prazer Emily

Enfim eu descobri o nome dela e agora o que fazer?, deixarei que a moeda decida o destino novamente?
descubra isso amanhã!

- CONTINUA -

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